SPDA (Para-Raios)

O QUE É SPDA E PARA QUE SERVE?

SPDA é o “sistema de proteção contra descargas atmosféricas”, também conhecido popularmente como “Para -raios”. É um conjunto de dispositivos formados por três subsistemas (Captação, Descidas e aterramento) instalado em edificações com o objetivo de minimizar os riscos e proteger contra os efeitos das descargas atmosféricas (raios).

O SPDA deve ser projetado para captar e direcionar a energia incidente de uma descarga atmosférica para o solo de maneira segura, evitando danos á estrutura da edificação e protegendo as instalações elétricas e pessoas que estão dentro dela.

Essas medidas de proteção trazem benefícios econômicos para instalação e deve ser dimensionado através de uma análise feita através de um gerenciamento de risco conforme o método contido na norma ABNT NBR 5419-2. Todas as medidas de proteções contidas nessa norma NBR 5419 são comprovadamente eficazes na redução do risco associados às descargas atmosféricas. Essas medidas estão separadas em dois grupos conforme a norma:

– O primeiro grupo se refere às medidas de proteção para reduzir danos físicos e risco à vida dentro de uma estrutura e está contido na ABNT NBR 5419-3;

– O segundo grupo se refere às medidas de proteção para reduzir falhas de sistemas elétricos e eletrônicos em uma estrutura e está contido no ABNT NBR 5419-4

Figura 1 - Retirado da Norma ABNT NBR 5419:2015

Resumidamente o SPDA “Sistema de Proteção Contra Descarga Atmosférica” minimiza os riscos de incêndio, explosões, lesões e choques elétricos causado pelas descargas atmosféricas (raios), garantindo a segurança das pessoas e das edificações.

SISTEMA DE CAPTAÇÃO DO SPDA

Conforme definição da Norma NBR 5419:2015 o sistema de captação é o conjunto do SPDA externo que utiliza elementos metálicos dispostos em qualquer direção, que são projetados e posicionados para interceptar as descargas atmosféricas.

Esses subsistemas podem ser compostos por qualquer combinação dos seguintes elementos:

Para projeção desses sistemas de captação é preciso ser realizado um projeto escolhendo os seguintes métodos para sua elaboração:

MÉTODO DO ÂNGULO DE PROTEÇÃO

Também conhecido como captores Franklin o método de ângulo de proteção conforme indicado pela norma ABNT NBR 5419:2015-3, é adequado para edificações de formato simples, mais está sujeito aos limites de altura dos captores. Esse método consiste na criação de um volume de proteção formando um cone circular onde a vértice está no eixo do mastro.

Figura A1 -Retirado da Norma NBR 5419: 2015 - 3

É importante lembra que salientar que o captor Franklin não deve ser confundido com o método de ângulo de proteção. O captor do tipo Franklin pode ser utilizado na aplicação dos demais métodos.

MÉTODO ESFERA ROLANTE

Esse método também utiliza os captores como forma de captação porem deve ser projetado como uma forma de esfera fictícia rolando ao redor e no topo da estrutura em todas as direções possíveis. O adequado posicionamento do subsistema de captação na aplicação deste método ocorre se nenhum ponto da estrutura a ser protegida entrar em contato com essas esferas.

Figura A.4 – Retirada da Norma ABNT NBR 5419 : 2015 -3

O raio das esferas devem ser especificado conforme tabela 2 da Norma ABNT NBR 5419 : 2015-3:

Tabela 2 – Retirado da Norma ABNT NBR5419:2015 – 3.
MÉTODO DAS MALHAS

Também conhecido como gaiola de Faraday. Esse é o método mais utilizado nos sistemas de captação. Este consiste na formação de uma malha condutora normalmente feita com cabo de cobre nú ou fita de alumínio instalados no topo da estrutura. Para elaboração dessa malha é preciso deve ser observar a tabela 2 da Norma NBR 5419:2015-3. Com a classe do SPDA definida é possível saber qual o mesh correto para ser utilizado de acordo com o nível de proteção a ser aplicado:

Exemplo de aplicação do método das malhas na cobertura de uma edificação

Conforme norma ABNT NBR 5419: 2015-3 O método das malhas é apropriado para telhados horizontais e inclinados sem curvatura.

O método das malhas é apropriado para proteger superfícies laterais planas contra descargas atmosféricas laterais. Se o declive do telhado exceder 1/10, condutores paralelos, em vez de em malha, podem ser usados, adotando a distância entre os condutores não maior que a largura de malha exigida.

SISTEMA DE DESCIDA DO SPDA

Conforme definição da Norma NBR 5419:2015 o sistema de descida é o conjunto do SPDA externo responsável para conduzir a corrente de descarga atmosférica desde o subsistema de captação até o escoamento no subsistema de aterramento (malha de aterramento). Essas descidas devem ser espaçadas conforme nível de proteção determinado no gerenciamento de risco da planta (NBR 5419: 2015-2) e tabela 4:

Tabela 4 – Retirada da norma NBR5419: 2015 - 3

Um condutor de descida deve ser instalado, preferencialmente, em cada canto saliente da estrutura, além dos demais condutores impostos pela distância de segurança calculada.

Esses condutores de descidas caso a parede não seja de material combustível podem ser instalados na superfície ou dentro da parede, essa podem ser construídas de diversos materiais como: Cabo de cobre nú, fita de alumínio, cabo de aço ou até mesmo a própria estrutura da edificação, disque cada um desses materiais seja dimensionado conforme espessura mínima determinada pela norma ABNT NBR5419:2015.

SISTEMA DE ATERRAMENTO DO SPDA

Conforme definição da Norma NBR 5419:2015 o sistema de aterramento é o conjunto do SPDA externo responsável a conduzir e dispensar a corrente de descarga atmosférica na terra:

Conforme norma NBR 5419: 2015 – 3 Quando se tratar da dispersão da corrente da descarga atmosférica (comportamento em alta frequência) para a terra, o método mais importante de minimizar qualquer sobretensão potencialmente perigosa é estudar e aprimorar a geometria e as dimensões do subsistema de aterramento. Deve-se obter a menor resistência de aterramento possível, compatível com o arranjo do eletrodo, a topologia e a resistividade do solo no local.

Sob o ponto de vista da proteção contra descargas atmosféricas, uma única infraestrutura de aterramento integrada é preferível e adequada para todos os propósitos, ou seja, o eletrodo deve ser comum e atender à proteção contra descargas atmosféricas, sistemas de energia elétrica e sinal (telecomunicações, TV a cabo, dados etc.).

O sistema de aterramento deve ser conectado de acordo com os seguintes requisitos:

Para subsistemas de aterramento, na impossibilidade do aproveitamento das armaduras das fundações,

o arranjo a ser utilizado consiste em condutor em anel, externo à estrutura a ser protegida, em contato com o solo por pelo menos 80 % do seu comprimento total, ou elemento condutor interligando as armaduras descontínuas da fundação (sapatas). Estes eletrodos de aterramento podem também ser do tipo malha de aterramento. Devem ser consideradas medidas preventivas para evitar eventuais situações que envolvam tensões superficiais perigosas.

Embora 20 % do eletrodo convencional possa não estar em contato direto com o solo, a continuidade elétrica do anel deve ser garantida ao longo de todo o seu comprimento.

O eletrodo de aterramento em anel deve ser enterrado na profundidade de no mínimo 0,5 m e ficar posicionado à distância aproximada de 1 m ao redor das paredes externas.

Eletrodos de aterramento devem ser instalados de tal maneira a permitir sua inspeção durante a construção.

A profundidade de enterramento e o tipo de eletrodos de aterramento devem ser constituídos

de forma a minimizar os efeitos da corrosão e dos efeitos causados pelo ressecamento do solo e assim estabilizar a qualidade e a efetividade do conjunto.

No caso da impossibilidade técnica da construção do anel externo à edificação, este pode ser instalado internamente. Para isto, devem ser tomadas medidas visando minimizar os riscos causados por tensões superficiais.

As armaduras de aço interconectadas nas fundações de concreto, ou outras estruturas metálicas subterrâneas disponíveis, podem ser utilizadas como eletrodos de aterramento, desde que sua continuidade elétrica seja garantida. Os métodos para garantir essa continuidade são idênticos aos utilizados para os condutores de descida. Quando as armaduras do concreto das vigas de fundação (baldrame) são utilizadas como eletrodo de aterramento, devem ser tomados cuidados especiais nas interconexões para prevenir rachaduras do concreto.

01

Realizamos o Laudo técnico, relatório fotográfico e informativo. 

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Emitimos a ART para comprovar a qualidade e a confiabilidade do serviço prestado.

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